Trago hoje um poema que é dividido em duas partes. É até um pouco estranho, porque eles não especificam sobre o que falam, de algum modo, e suas duas partes são antônimos que se completam. A primeira página será a de hoje e a próxima será postada semana que vem.
Como todo poema costuma trazer diferentes interpretações, eu gostaria, do fundo do coração, que vocês compartilhassem a imagem que sentiram ao lê-lo. Mesmo que seja pequena, mesmo que pareça não fazer tanto sentido. Os pensamentos das pessoas acerca de tudo o que eu escrevo realmente me inspiram. Enfim, vamos lá!
Fim dos dias de
Depravação em periósteo sacro;
Brincou de sumir em sociedade,
Deixou ferpas dos ossos furarem a carne
Cutucando a ferida do miocárdio fraco.
Chegou, aclamado,
O fim dos dias
Tão e tão.
O fim dos dias de...
Estava sempre acabado.
Para onde olhar, não se sabe que vê:
Não se sabe se tem olhos,
Não se sabe se tem paisagem,
Não se sabe se tem você,
Não se sabe se tem mundo.
Sentir, todos sabem,
Faltou saber dizer.
Chegou, aclamado,
O fim dos dias
Tão e tão.
O fim dos dias de...
Estava sempre acabado…
Decidi começar com algo que não fosse (tão) triste e evitei os poeminhas macabros, o que foi um pouco difícil. Ademais, algo que também não fosse grande demais nem curto demais, porque seria sacanagem começar com haikai xD. Ah, e uma coisa: escrevo mais com versos brancos, geralmente rimo só os sonetos ou quando realmente bate aquela inspiração rítmica ou as palavras se enquadram bem. Algumas prosas surgem aqui e acolá -q.
Espero que tenham gostado!
~ Arsmad.
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Arsmad
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